A Transparency International (TI) declara-se como "um movimento global com uma visão: um mundo em que governos, negócios, sociedade civil e as vidas diárias das pessoas são livres de corrupção". Sediada em Berlim, o propósito desta organização sem fins lucrativos é desenvolver acções de combate à corrupção e prevenir actividades criminais com base na corrupção.
A TI declara também que "a corrupção e a desigualdade alimentam-se uma da outra, criando um círculo vicioso entre a corrupção, distribuição desigual de poder na sociedade e distribuição desigual de riqueza".
Desde 1995 que a TI vem publicando anualmente o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) criando um ranking de países com base nos níveis de corrupção determinados por avaliações de especialistas e inquéritos de opinião. O IPC define de forma genérica a corrupção como o uso de poderes públicos para benefício privado.
No IPC os países são classificados de acordo com uma escala de 0 (altamente corrupto) a 100 (livre de corrupção). Em 2016, 176 países fizeram parte desta avaliação, sendo nenhum se aproximou dos 100 pontos e mais de 120 países obtiveram uma pontuação inferior a 50 pontos. O mapa abaixo mostra a distribuição do IPC por todo o Mundo.
Mapa do Índice de Percepção da Corrupção em 2016 (Fonte: http://files.transparency.org/content/download/2053/13224/file/CPI2016_Map_web.jpg) |
Os países com maior pontuação tendem a ter graus mais elevados de liberdade de imprensa, acesso à informação sobre gastos públicos, padrões de integridade mais fortes para funcionários públicos e sistemas judiciais mais independentes.
No topo do índice encontramos principalmente países da Europa do Norte (Dinamarca, Finlândia, Suécia) e Central (Suíça, Holanda, Alemanha, Reino Unido e Luxemburgo) e ainda a Nova Zelândia, Singapura e Canadá.
Países com melhor ranking no Índice de Percepção da Corrupção em 2016 (Fonte: http://www.transparency.org/whatwedo/publication/corruption_perceptions_index_2016) |
Os países com ranking mais baixo são dominados pela desconfiança e mau funcionamento de instituições públicas com a polícia e a justiça. Mesmo que existam leis anti-corrupção, estas são frequentemente evitadas ou ignoradas. As pessoas nestes países enfrentam situações de suborno e extorsão, confiam em serviços básicos que foram minados pela apropriação indevida de fundos e confrontam a indiferença oficial quando procuram denunciar situações de corrupção.
No outro extremo encontramos na sua maioria países do continente africano (Angola, Eritreia, Guiné-Bissau, Líbia, Sudão, Sudão do Sul e Somália) e do médio oriente (Iraque, Afeganistão, Iémen e Síria) e também a Venezuela e a Coreia do Norte.
Países com pior ranking no Índice de Percepção da Corrupção em 2016 (Fonte: http://www.transparency.org/whatwedo/publication/corruption_perceptions_index_2016) |
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