A nona meta de Aichi para a Biodiversidade define que:
Até 2020, sejam identificadas e priorizadas as espécies exóticas invasores e as suas vias de introdução, sejam controladas ou erradicadas as espécies prioritárias e sejam postas em práticas as medidas para gerir as vias de introdução de modo a prevenir a sua introdução e estabelecimento.
As espécies exóticas invasoras são uma das principais causas para a perda de biodiversidade a nível global. Em alguns ecossistemas como são os ecossistemas insulares, as espécies invasoras exóticas são a principal causa para o declínio da biodiversidade. Estas espécies afecta a biodiversidade pela predação de espécies nativas ou pela competição com elas pelos recursos. Adicionalmente, as espécies exóticas invasoras podem ser uma ameaça à segurança alimentar, saúde humana e desenvolvimento económico. O aumento das viagens áreas, comércio e turismo tem facilitado o movimento de espécies para além das barreiras naturais bio-geográficas pela criação de novas vias introdução. Com o crescimento da globalização, a ocorrência de espécies exóticas invasoras é provável que aumente a menos que medidas adicionais sejam tomadas.
As vias de introdução, também referidas como vectores, são os meios pelos quais as espécies invasoras exóticas são introduzidas em novos ambientes. As vias de introdução mais comuns incluem as descargas das águas de lastro no mar, cascos dos barco, contentores de navios, a introdução acidental e intencional de actividades agrícolas e aquacultura e a fuga de espécies introduzidas para um novo ambiente.
A primeira acção que os países podem tomar são a identificação e priorização de espécies exóticas invasoras e as suas vias de introdução. Dada a multiplicidade das vias de introdução e das espécies invasoras na maioria dos países será necessário dar prioridade os esforços da gestão, controlo e erradicação dessas espécies e quais as vias de introdução que têm mais impacto na biodiversidade e/ou onde se usem os recursos de forma mais efectiva. A prevenção da introdução é mais rentável do que a erradicação uma vez que está estabelecida. A condução de uma análise de risco à introdução de espécies exóticas bem como o reforço do controlo das fronteiras e quarentena bem como mecanismos de aviso, medidas de resposta rápidas e plano de gestão são os tipos de acções que podem ser implementadas para prevenir o estabelecimento de espécies invasoras.
Possíveis indicadores:
- Tendências no número de espécies invasoras exóticas.
- Tendências na gestão das vias de introdução de espécies invasoras exóticas.
- Tendências no impacto de espécies invasoras exóticas nas tendências do risco de extinção.
- Tendências na incidência das doenças na vida selvagem causadas por espécies invasoras exóticas.
- Tendências nos impactos económicos de espécies invasoras exóticas seleccionadas.
- Tendências nas políticas, legislação e planos de gestão para controlar e prevenir a difusão de espécies invasoras exóticas.
Fonte: