sexta-feira, 22 de julho de 2016

Saúde para todos: Serviço de saúde universal

A saúde está no centro do desenvolvimento sustentável. A saúde está no centro do bem-estar e é vital para toda a gente. Ela ajuda as crianças a não apenas sobreviver mas também a ser bem sucedidas, na sua aprendizagem, no caminho desde a escola até ao mundo do trabalho. Também permite à força de trabalho ser produtiva. Portanto, a saúde melhora a capacidade de uma comunidade de desenvolver capital humano e actividades económicas e atrair investimento.

A saúde tem sido olhada como uma necessidade e direito básicos. Tecnicamente o objectivo é atingir o mais alto padrão de saúde física e mental, dentro do conhecimento e tecnologia actuais. Cerca de 6 milhões de crianças em cada ano antes de atingirem cinco anos de idade, a maior parte delas em países em desenvolvimento e quase todas em resultado de doenças que podem ser tratadas e prevenidas; por outras palavras o objectivo de ter melhor saúde é atingível.

Tem-se verificado um progresso significativo desde 2000 e especialmente desde o ano de 2005. A ciência da saúde pública, os avanços na medicina moderna e o desenvolvimento em áreas como a produção de alimentos e infraestruturas urbanas levaram a grandes ganhos. No entanto, existem ainda grandes desafios. Todos os anos milhões de crianças, especialmente de países pobres, morrem de doenças que poderiam ser prevenidas ou tratadas através de um esforço bem implementado.

Por todo o mundo, a maioria das pessoas considera a saúde como sendo um bem de mérito - um bem que deveria ser acessível a toda a população. A saúde é geralmente considerada um bem, não só porque é vital para cada individuo de um ponto de vista moral e ético mas também de um ponto de vista prático. Uma doença indevidamente tratada pode ser uma ameaça para o resto da população ainda não afectada.

O grande processo da saúde pública, assim como o próprio desenvolvimento económico, é um das grandes conquistas da era moderna. No tempo da Revolução Industrial, a esperança média de vida a nível mundial era de 35 anos. Por volta de 1950, verificou-se um aumento da esperança média de vida (EMV), apesar de a maioria parte das pessoas ainda viverem na pobreza. As Nações Unidas estimaram que durante o período de 5 anos entre 1950 e 1955, a EMV era de 46 anos.

Esperança média de vida por regiões do Mundo
(Fonte: https://healthyplanetpro.files.wordpress.com)

Como podemos ver no gráfico, apesar de a EMV mundial se situava nos 46-47 anos, nas regiões mais desenvolvidas a EMV já ultrapassava os 65 anos. Enquanto que nas regiões menos desenvolvidas, as pessoas viviam em média 40 anos. De notar que os países sem acesso ao mar, a EMV era ainda inferior, cerca de 37 anos. O que reflecte a pobreza, o isolamento típico destas regiões e até a  sua geografia montanhosa. Em 2010, a EMV já atingia os 67-68 anos, o que significa que desde a revolução industrial, o seu valor quase que duplicou.

Uma relação que podemos estabelecer é uma entre o PIB e a EMV, em que se conclui que países mais ricos têm uma EMV superior aos países mais pobres. De notar também que a partir de um determinado nível de desenvolvimento, não existem grandes ganhos na EMV com o aumento do PIB per capita.

Esperança média de vida vs. Rendimento médio anual
(Fonte: http://www.oxfamblogs.org/fp2p/wp-content/uploads/life-expectancy-v-gdp.png)

Existe ainda outro ponto importante a tirar deste gráfico que é a parte mais à esquerda do gráfico onde estão os países menos desenvolvidos. Quando os países são muitos pobres, pequenas alterações incrementais no rendimento (de $1000 para $2000 anuais, por exemplo), conduzem a ganhos significativos na esperança média de vida.

Fonte:
The Age of Sustainable Development - Jeffrey D. Sachs

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