terça-feira, 6 de novembro de 2018

Relatório Living Planet 2018: principais conclusões

No passado mês de Outubro, o WWF e a Zoological Society of London publicaram a mais recente versão do relatório Living Planet, um dos mais importantes documentos a nível mundial sobre a saúde do nosso planeta e o impacto da actividade humana.



No primeiro capítulo, é destacado o papel da biodiversidade para a nossa saúde, bem-estar e segurança alimentar. Estima-se que, globalmente, a natureza fornece serviços que quando avaliados somariam cerca de 125 trilliões de dólares. Também se refere a dúvida por parte dos investigadores se é possível continuar o desenvolvimento humano na ausência de sistemas naturais saudáveis.

No segundo capítulo, onde se explora as ameaças e pressões, são referidas que a sobreexploração e a actividade agrícola, em resultado do consumismo descontrolado, são ainda as principais causas da extinção de espécies. A degradação da solo afecta 75% dos ecossistemas terrestres, reduzindo o bem-estar de mais de 3 mil milhões de pessoas, com grandes custos económicos. As abelhas, outros polinizadores e os nossos solos, que são críticos para a segurança alimentar global, estão sob ameaça crescente. A sobrepesca e a poluição por plásticos estão a ameçar os nossos oceanos, enquanto que a poluição, a fragmentação e destruição de habitats têm levado ao declínio da biodiversidade em ecossistemas de água doce.

Um dos dados mais importantes deste relatório é o que resulta do Índice Living Planet que revela um declínio global de 60% nas populações das espécies entre 1970 e 2014. O mesmo índice mostra que este declínio é mais acentuado nos trópicos, sendo que a América Central e do Sul registam 89% de perda de biodiversidade tendo o ano de 1970 como comparativo.

No último capítulo, conclui-se que, apesar de múltiplos acordos internacionais e da investigação extensiva, a biodiversidade continua em declínio. Portanto mais ambição será necessária para não apenas parar o declínio mas reverter esta tendência. Para isso a visão da Convenção para a Diversidade Biológica (CBD) para o ano de 2050 será fundamental.

Fonte:
Living Planet 2018: https://www.wwf.org.uk/sites/default/files/2018-10/wwfintl_livingplanet_full.pdf

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