Em 1972 um grupo de investigadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) publicou o livro "Os Limites ao Crescimento". Este famoso e controverso livro apresentou os resultados do estudo do MIT conduzido por Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jørgen Randers e William W. Behrens III e encomendado pelo Clube de Roma, que analisou a problemática mundial utilizando um modelo informático "World3" desenvolvido pelo MIT. Este modelo permitiu analisar as interacções dos cinco subsistemas do sistema económico global nomeadamente: população, produção agrícola, produção industrial, poluição e consumo de recursos naturais não-renováveis. A escala temporal para este modelo inicia-se no ano 1900 e continua até ao ano 2100.
A publicação deste livro teve impactos imediatos que perduraram até hoje. As questões ambientais e o debate sobre sustentabilidade foram mais popularizados pela venda de milhões de cópias e tradução para 30 línguas. O World3 foi o primeiro modelo integrado global ao fazer a ligação entre a economia mundial com o ambiente. A mensagem que sobressaiu do modelo foi a de que o crescimento continuado na economia mundial levaria a que os limites do planeta fossem ultrapassados algures durante o século XXI, muito provavelmente resultando no colapso da população e do sistema económico; porém este colapso poderia ser evitado com a combinação de atempada mudanças de comportamento, políticas e tecnologia.
Estas recomendações para mudanças fundamentais nas políticas e no comportamento tendo em vista a sustentabilidade nunca viriam a ser seguidas. Desde o tempo da sua publicação até aos dias de hoje, o livro têm recebido bastante criticismo que falsamente alega que o estudo previu que os recursos seriam esgotados e que o sistema mundial iria colapsar até ao final do século XX. Essas alegações vão produzidas em artigos científicos, livros, materiais educativos, jornais, artigos de revistas e websites.
Desde a publicação do livro em 1972, o Clube de Roma tem lançado actualizações ao mesmo numa base de 5 anos.
Através do gráfico acima, podemos observar a comparação entre a previsão do estudo de 1972 e a realidade observada. No período 1970-2000, o output industrial aumentou bem como a produção agrícola e serviços per capita. Paralelamente, a poluição global e a população registaram um aumento enquanto a quantidade de recursos não-renováveis remanescentes diminuíram. O estudo prevê também o declínio da população provocado pelo colapso da economia mundial por volta do ano de 2030.
Nesse estudo, os autores concluíram: "Se as tendências de crescimento da população mundial, industrialização, produção agrícola e esgotamento de recursos continuarem inalteradas, os limites ao crescimento neste planeta serão atingidos algures nos próximos cem anos. O resultado mais provável será um rápido e incontrolável declínio na população e capacidade industrial."
Fontes:
Desde a publicação do livro em 1972, o Clube de Roma tem lançado actualizações ao mesmo numa base de 5 anos.
Previsões do estudo Limites ao crescimento em 1972 (Fonte: http://www.commondreams.org/) |
Nesse estudo, os autores concluíram: "Se as tendências de crescimento da população mundial, industrialização, produção agrícola e esgotamento de recursos continuarem inalteradas, os limites ao crescimento neste planeta serão atingidos algures nos próximos cem anos. O resultado mais provável será um rápido e incontrolável declínio na população e capacidade industrial."
Fontes: