quarta-feira, 21 de março de 2018

Relatório da felicidade mundial 2018



A cerca de uma semana do Dia Internacional da Felicidade, foi anunciado o novo relatório da felicidade mundial que para além do ranking dos níveis e das alterações da felicidade no mundo, faz um especial enfoque no tema da migração.

As classificações neste relatório têm como base os resultados de inquéritos efectuados entre 2015 e 2017 que ilustram a performance de cada país em 6 domínios: rendimento, esperança de vida saudável, suporte social, liberdade, confiança e generosidade.

Este relatório traz um novo número um - a Finlândia - embora as primeiras 10 posições são ocupadas pelos mesmos países nos dois últimos anos - Noruega, Dinamarca, Islândia, Suíça, Holanda, Canadá, Nova Zelândia, Suécia e Austrália. No outro lado do ranking, encontramos o Burundi como país com menor pontuação seguido da República Centro Africana, Sudão do Sul, Tanzânia, Iémen, Ruanda, Síria, Libéria, Haiti e Malawi.

Top 10 dos países com maior pontuação.

Top 10 dos países com menor pontuação.

No que diz respeito à evolução na felicidade entre o período 2008-2010 e 2015-2017, o país que registou a maior evolução positiva foi o Togo, seguida da Letónia, Bulgária e Serra Leoa. O país que registou maior descida foi a Venezuela, seguida do Malawi, Síria e Iémen.

Numa visão agregada, o conjunto dos países apresentou uma pontuação média inferior à apresentada no relatório de 2017 e as regiões com pontuação mais elevada são a América do Norte e Austrália e Nova Zelândia, Europa Ocidental e América Latina e Caraíbas.

Fonte:
World Happiness Report 2018

quinta-feira, 1 de março de 2018

Emissões de metano do permafrost e das zonas húmidas tropicais

O permafrost (subsolo congelado) ocorre em 25% dos solos do Alasca, Canadá e Sibéria no hemisfério Norte. As alterações climáticas com origem antropogénica irão, segundo as previsões, provocar o degelo de quantidades significativas de permafrost. Este degelo já está a acontecer em partes do Alasca e Canadá. Se esta tendência continuar, uma grande quantidade de matéria orgânica que se encontra debaixo do permafrost irá deteriorar-se e libertar grandes quantidades de metano e dióxido de carbono.

Permafrost.

Estima-se que o permafrost no Árctico contém duas a quatro vezes mais carbono do que todo o carbono libertado pelos humanos até agora. Basta apenas a libertação de 5 a 10% da quantidade de metano contida no permafrost para acelerar o aquecimento global, que por sua vez iria acelerar o degelo do permafrost, criando um feedback positivo que se poderá traduzir num ponto de não retorno (tipping point).

Libertação de metano do permafrost.

Alguns cientistas estão preocupados com outra fonte de metano - uma camada de permafrost no fundo do oceano Árctico. Os estudos indicam a existência de bolhas de metano a atingir a superfície.

Noutras regiões mais quentes do mundo, outra possível fonte de metano que são as zonas húmidas dos trópicos. Se a precipitação aumentar nas regiões tropicais como projectado, essas zonas húmidas irão expandir-se e produzir mais plantas, que irão decompor-se e produzir metano através da decomposição anaeróbia. Estas fontes são, por vezes, denominadas com bombas-relógio de metano.

Bombas-relógio de metano.

As emissões de metano pelas duas fontes mencionadas neste artigo (permafrost e zonas húmidas tropicais) totalizam cerca de 41% das emissões totais de metano e constituem os principais fluxos naturais. Contudo não devemos esquecer que as outras duas fontes principais de metano têm origem em actividades como a produção e queima de combustíveis fósseis com cerca de 105 milhões de toneladas por ano e a agricultura e gestão de resíduos com cerca de 188 milhões de toneladas por ano. Estas duas fontes antropogénicas constituem aproximadamente 52% das emissões totais.

No quadro actual, estamos a injectar cerca de 10 milhões de toneladas de metano todos os anos para a atmosfera.

Balanço do metano a nível global.

Fonte:
Living in the environment (G. Tyler Miller & Scott E. Spoolman)