A desigualdade de género tem sido uma característica presente desde há muito na maioria das sociedades, um pouco por todo o mundo. Na maior parte da história, os homens eram os únicos a pertencer à classe trabalhadora paga, enquanto que as mulheres trabalhavam na agricultura e para o lar enquanto que tinham a cargo a educação dos filhos. A legislação e as normas sociais reforçaram esta divisão do trabalho, tornando impossível que a mulher tivesse os seus próprios negócios ou controlasse os seus rendimentos.
Felizmente, estas desigualdades de género estão a diminuir rapidamente em muitas partes do Mundo. As velhas práticas de discriminação contra as mulheres estão a mudar, as ideias estão a mudar, as exigências económicas estão a mudar e as possibilidades económicas para as mulheres estão a caminhar para a direcção certa.
O desenvolvimento sustentável pode ajudar nesse processo através da promoção de alterações legais e administrativas que apoiem as mulheres. Como resultado, as adolescentes permanecem na escola mais tempo e entram no mercado de trabalho com maiores competências. As taxas de fertilidade descem bruscamente, as famílias com menos filhos investem mais em educação, saúde e nutrição por criança e as mulheres entram na força de trabalho promovendo um aumento da parte da população em idade de trabalho.
Em 2010, o Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas (PDNU) introduziu o Índice de Desigualdade de Género (IDG). À semelhança do Índice de Desenvolvimento Humano, o IDG combina diversos indicadores numa base ponderada para fornecer uma avaliação quantitativa da desigualdade de género em cada país.
O índice inclui 3 categorias. A primeira é a saúde reprodutiva que inclui a taxa de mortalidade materna e a taxa de fertilidade na adolescência. Esta última é um indicador de quão as adolescentes são forçadas a desistir da sua educação e a casar mais cedo e a ter filhos. A segunda categoria é a capacitação, medida através da percentagem de mulheres com assento no parlamento nacional e taxa de inscrição de mulheres no ensino superior. A terceira é a participação da mulheres no mercado de trabalho.
Como se pode observar no mapa, os países da África subsariana e Sul da Ásia apresentam altos índices de desigualdade. Estas são zonas onde a mulher tem pouca participação política e prestígio social.
De notar que os países do Norte de África e Médio Oriente têm baixas percentagem de mulheres com participação no mercado de trabalho. Em muitos destes países, as práticas culturais impedem as mulheres de trabalhar fora do lar.
Mesmo nos países mais ricos, onde a taxa da participação das mulheres no mercado trabalho aumentou marcadamente nos últimos trinta anos, ainda existem diferenças consideráveis entre os rendimento dos homens e mulheres.
Existe ainda um progresso na igualdade de género, mesmo nos países mais pobres. Nos últimos 40 anos, a nível da escolaridade primária, a diferença entre rapazes e raparigas quase que desapareceu e em algumas partes do globo, as taxas de inscrição das adolescentes do sexo feminino no ensino secundário e superior ultrapassaram as taxas respeitantes aos adolescentes do sexo masculino.
Na política, algumas sociedades introduziram sistemas de quotas que obriga a que uma certa proporção de de votos na representação proporcional dos partidos que seja ocupada por mulheres. O apoio financeiro do governo para licença de maternidade e cuidado infantil podem ajudar as mulheres no mercado de trabalho.
Finalmente, importa dar ênfase aos actos de violência doméstica, violação e outros actos violentos de que as mulheres são alvo. Em muitas sociedades, as mulheres ainda são vistas como propriedade dos seus cônjuges. Esta abordagem desumana é a negação fundamental dos direitos humanos.
O desenvolvimento sustentável pode ajudar nesse processo através da promoção de alterações legais e administrativas que apoiem as mulheres. Como resultado, as adolescentes permanecem na escola mais tempo e entram no mercado de trabalho com maiores competências. As taxas de fertilidade descem bruscamente, as famílias com menos filhos investem mais em educação, saúde e nutrição por criança e as mulheres entram na força de trabalho promovendo um aumento da parte da população em idade de trabalho.
Em 2010, o Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas (PDNU) introduziu o Índice de Desigualdade de Género (IDG). À semelhança do Índice de Desenvolvimento Humano, o IDG combina diversos indicadores numa base ponderada para fornecer uma avaliação quantitativa da desigualdade de género em cada país.
Índice de desigualdade de género do PDNU em 2014 (Fonte: http://bit.ly/1r9YwVT) |
Como se pode observar no mapa, os países da África subsariana e Sul da Ásia apresentam altos índices de desigualdade. Estas são zonas onde a mulher tem pouca participação política e prestígio social.
Percentagem de mulheres com mais de 15 anos que participam no mercado de trabalho em 2014 (Fonte: http://www.copts.com/english/wp-content/uploads/2014/02/women-labor-force-participation1.jpg) |
De notar que os países do Norte de África e Médio Oriente têm baixas percentagem de mulheres com participação no mercado de trabalho. Em muitos destes países, as práticas culturais impedem as mulheres de trabalhar fora do lar.
Mesmo nos países mais ricos, onde a taxa da participação das mulheres no mercado trabalho aumentou marcadamente nos últimos trinta anos, ainda existem diferenças consideráveis entre os rendimento dos homens e mulheres.
Diferença de rendimento entre mulheres e homens nos países da OECD em 2015 (Fonte: https://pbs.twimg.com/media/CLYMb6tUcAE1Lu1.png) |
Existe ainda um progresso na igualdade de género, mesmo nos países mais pobres. Nos últimos 40 anos, a nível da escolaridade primária, a diferença entre rapazes e raparigas quase que desapareceu e em algumas partes do globo, as taxas de inscrição das adolescentes do sexo feminino no ensino secundário e superior ultrapassaram as taxas respeitantes aos adolescentes do sexo masculino.
Inscrição no ensino primário de rapazes e raparigas entre 1970-2004 (Fonte: http://bit.ly/1YOxTAe) |
Na política, algumas sociedades introduziram sistemas de quotas que obriga a que uma certa proporção de de votos na representação proporcional dos partidos que seja ocupada por mulheres. O apoio financeiro do governo para licença de maternidade e cuidado infantil podem ajudar as mulheres no mercado de trabalho.
Finalmente, importa dar ênfase aos actos de violência doméstica, violação e outros actos violentos de que as mulheres são alvo. Em muitas sociedades, as mulheres ainda são vistas como propriedade dos seus cônjuges. Esta abordagem desumana é a negação fundamental dos direitos humanos.
The Age of Sustainable Development - Jeffrey D. Sachs